terça-feira, 13 de dezembro de 2016

TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO

1 TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO


Esta abordagem tem ênfase nas tarefas operacionais da empresa: como tudo é feito, de que forma, em quanto tempo e que diferentes resultados são obtidos. Partindo desta ênfase nas tarefas, o pensamento administrativo evoluiu, também com ênfase: na estrutura, nas pessoas, no ambiente, na tecnologia e na competitividade. Em cada uma das abordagens destacaremos teorias relacionadas a cada uma delas. É fundamental compreendê-las, e você perceberá que estão presentes no cotidiano das organizações.

ADMINISTRADOR: HABILIDADES E COMPETÊNCIAS

5 ADMINISTRADOR: HABILIDADES E COMPETÊNCIAS

O administrador é o profissional que exerce a administração, sendo esta profissão regulamentada no Brasil em 9 de setembro de 1965, data em que comemoramos o Dia do Administrador. Para estar habilitado a realizar a administração das iniciativas públicas e privadas, o administrador precisa ser proativo, ousado, criativo, ter atitude, comprometimento para desenvolver e desempenhar as suas habilidades, que, segundo Chiavenato (2003), são:

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO


4 FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO

A palavra Administração tem sua origem do latim ad (tendência para, direção) e minister (obediência, subordinação). A administração designa o desempenho de tarefas – tomada de decisões na direção dos assuntos – objetivos de um grupo.

EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO

3 EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO


A história e o estudo da administração tiveram início no século XX, com a teoria da administração científica, em 1903, quando Taylor passou a dar ênfase em todas as tarefas dos operários da fábrica – nível operacional. Esta teoria também é conhecida como a teoria científica de Taylor. No quadro a seguir encontramos a evolução do pensamento administrativo:

QUADRO 1 – PRINCIPAIS TEORIAS DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO

ANO - TEORIA
1903 - Administração Científica;
1909 - Teoria da Burocracia;
1916 - Teoria Clássica;
1932 - Teoria das Relações Humanas;
1947 - Teoria Estruturalista;
1951 - Teoria dos Sistemas;
1953 - Teoria Sociotécnica;
1954 - Teoria Neoclássica;
1957 - Teoria Comportamental;
1962 - Desenvolvimento Organizacional;
1972 - Teoria da Contingência

FONTE: Adaptado de Chiavenato (2003, p.13)

Frederik W. Taylor, em sua administração científica, procurou estudar e conhecer tudo o que acontecia no chão de fábrica – nível operacional. A administração científica (Taylor), com ênfase nas tarefas, é um desdobramento da abordagem clássica. Procurou dar ênfase nas atividades operacionais tentando descobrir: como, de que forma e em quanto tempo tudo era feito; bem como os resultados produzidos. Iniciou com a racionalização do trabalho dos operários ampliando para todas as atividades da empresa. Procurava acabar com o desperdício, a ociosidade e, ainda, reduzir os custos de produção – fatos provocados pelos operários. Para encontrar a colaboração dos operários, fixava prêmios de produção baseando-se no tempo padrão.

Na educação dos operários, Taylor descobriu a capacidade de apreenderem através da observação do trabalho dos companheiros, que desempenhavam as tarefas de diferentes maneiras e ferramentas. Neste momento surge a denominada ORG – Organização Racional do Trabalho. Chiavenato (2003, p. 57) a fundamenta nos aspectos a seguir:

  • Análise do trabalho e do estudo dos tempos e movimentos: procurava eficiência de produção e para tal era preciso observar os movimentos inúteis dos operários, a forma de selecionar e adaptá-los à tarefa, a facilidade no treinamento e produção pela especialização das atividades, evitar os gargalos de produção, definição de normas para executar o trabalho, e ainda, estabelecer uma base salarial e prêmios de produção.
  • Estudo da fadiga humana: evitando o uso de movimentos inúteis e fazer com que os movimentos úteis à produção sejam econômicos sob os aspectos fisiológicos. Esta fadiga pode estar associada ao uso do corpo humano, do material e das ferramentas do equipamento. 
  • Divisão do trabalho e especialização do operário: A produção é dividida em etapas e o operário é especialista na sua função. Também se deve observar os gargalos de produção.
  • Desenho de cargos e de tarefas: dividia o trabalho (cargos) e apontava a especialização necessária a cada um dos cargos (tarefas). Trouxe como vantagens: o estabelecimento de pré-requisitos na admissão das pessoas nos cargos, reduzia custos com treinamento e desperdícios, facilitava a supervisão e aumentava a produtividade.
  • Incentivos salariais e prêmios de produção: foram criados para buscar a colaboração dos operários com a empresa e fazer com que seu trabalho seja executado dentro dos padrões de tempo previstos. A remuneração por tempo (mensal, diária ou por hora) não estimula o aumento da produtividade, assim a remuneração por produção (peça) cria um estímulo salarial. Ganha mais quem produz mais.
  • Conceito de Homo economicus: neste conceito de homem econômico, o homem procura o trabalho como um meio de ganhar a vida pelo salário que este trabalho lhe proporciona.
  • Condições ambientais de trabalho: também contribuem na eficiência produtiva, garantindo o bem-estar físico e a redução da fadiga: iluminação, conforto, deslocamento, transporte etc. Observa-se o arranjo físico de produção.
  • Padronização de métodos e de máquinas para que os resultados sejam os esperados, evitando o desperdício ou refugo do produto acabado.
  • Supervisão funcional: Taylor, contrário à centralização, tinha como organiza- ção por excelência a organização funcional, na qual cada homem deve limitarse à execução de uma única função. Cada função deveria ser supervisionada por diversas autoridades funcionais (relativo apenas à sua especialidade).


FIGURA 3 – ABORDAGEM MICROSCÓPICA E MECANICISTA DA ADM. CIENTÍFICA

FONTE: Chiavenato (2003, p. 68) 

Além de Frederick Winslow Taylor (1856-1915), destacamos outros autores que contribuíram com a administração científica:
  • Carl Barth (1860-1939). 
  • Henry Lawrence Gantt (1861-1919).
  • Harrington Emerson (1853-1931).
  • Frank Gilbreth (1868-1924).
  • Lílian Gilbreth (1878-1961).
Outro desdobramento da abordagem clássica está na teoria clássica, que se caracterizava pela ênfase na estrutura que a organização deveria ter para ser eficiente. Henri Fayol (1841-1925), fundador da teoria clássica, partiu de toda a organização com o objetivo de garantir a eficiência em todas as partes envolvidas: seções, departamentos ou pessoas. A teoria clássica rapidamente suplantou a abordagem de Taylor.

Fayol afirma que toda organização deve apresentar as funções: técnicas, comerciais, financeiras, de segurança e contábeis. Todas estas cinco funções necessitam estar interligadas à função administrativa, constituindo o corpo da empresa. Fayol procurou estruturar as organizações em sua unidade de comando e cadeia escalar, conforme figura a seguir.

FIGURA 4 – CADEIA DE COMANDO E CADEIA ESCALAR DE FAYOL


FONTE: Chiavenato (2003, p. 84)

Para Fayol, os princípios gerais da administração consistem na (CHIAVENATO, 2003, p. 83):

  1. Divisão do trabalho.
  2. Autoridade e responsabilidade.
  3. Disciplina.
  4. Unidade de comando.
  5. Unidade de direção.
  6. Subordinação aos interesses individuais aos gerais.
  7. Remuneração do pessoal.
  8. Centralização.
  9. Cadeia escalar.
  10. Ordem. 
  11. Equidade.
  12. Estabilidade do pessoal.
  13. Iniciativa.
  14. Espírito de equipe.

A teoria clássica é como uma velha receita de bolo, pelo seu enfoque normativo e prescritivo sobre como o administrador deve proceder.

A teoria clássica ainda é a mais utilizada com os que iniciam na administração, pela forma simples e ordenada, tornando-se indispensável para compreender as modernas teorias de administração. A teoria clássica ainda é a mais utilizada com os que iniciam na administração, pela forma simples e ordenada, tornando-se indispensável para compreender as modernas teorias de administração, recebendo as seguintes críticas:


  • Abordagem simplificada da organização formal: pois não considera os aspectos psicológicos e sociais.
  • Ausência de trabalhos experimentais: os conceitos da teoria clássica se basearam no senso comum e nas observações, sem haver elementos de comparação.
  • Extremo racionalismo na concepção da administração: levaram a análise da administração à concepção de um conjunto de princípios universalmente aplicáveis, tudo era muito abstrato.
  • “Teoria da Máquina”: pela divisão mecanicista do trabalho.
  • Abordagem incompleta da organização: pois preocupou-se com a organização formal, sem considerar a organização informal.
  • Abordagem de sistema fechado: tratando a organização como tendo todos os seus elementos conhecidos por meio de variáveis previsíveis. Nada de diferente daquilo poderia acontecer.


Apesar de todas estas críticas, as teorias que surgiram tiveram como ponto de partida a teoria clássica para tentar uma posição diferente – os princípios de administração, a departamentalização e estrutura linear ou funcional e a racionalidade do trabalho nunca deixaram de existir.

A partir da ênfase nas tarefas, onde surge a administração científica clássica com o principal enfoque na racionalização do trabalho no nível operacional, a administração também seguiu com ênfase na estrutura, nas pessoas, no ambiente, na tecnologia e na competitividade. O quadro a seguir sintetiza as principais teorias administrativas com seu enfoque:

QUADRO 2 – PRINCIPAIS TEORIAS ADMINISTRATIVAS E PRINCIPAIS ENFOQUES
ÊNFASE

TEORIA
ADMINISTRATIVA

PRINCIPAIS
ENFOQUES

Tarefas

Administração científica

Racionalização do trabalho no
nível operário

Estrutura

Teoria clássica
Teoria neoclássica

Organização formal.
Princípios gerais da Administração.
Funções do admnistrador.

Teoria da Burocrácia

Organização formal burocrática.
Racionalidade organizacional.

Teoria Estruturalista


  • Múltipla abordagem:
  • - Organização formal e informal.
  • - Análise intraorganizacional e análise interorganizacional.


Pessoas

Teoria das Relações Humanas


  • Organização informal.
  • Motivação, liderança, comunicação  e dinâmicas de grupo.


Teoria do Comportamento

Organizacional


  • Estilos de Administração.
  • Teoria das Decisões.
  • Integração dos objetivos organizacionais e individuais.


Teoria do Desenvolvimento
Organizacional


  • Mudança organizacional planejada.
  • Abordagem de sistema aberto.


Ambiente

Teoria Estruturalista


  • Análise intraorganizacional e análise
  • ambiental.
  • Abordagem de sistema aberto.


Teoria da Contingência


  • Análise ambiental (imperativo ambiental).
  • Abordagem de sistema aberto.


Tecnologia

Teoria da Contingência


  • Administração da tecnologia
  • (imperativo tecnológico)
Competitividade

Novas Abordagens na
Administração


  • Caos e complexidade.
  • Aprendizagem organizacional.
  • Capital intelectual.


FONTE: Chiavenato (2003, p. 12)


INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO

1 INTRODUÇÃO


Neste tópico vamos conhecer um pouco da história da administração, os primeiros modelos e enfoques da administração, até os modelos atuais. Segundo Maximiano (2005, p. 33), “Administração é uma palavra antiga, associada a outras que se relacionam com o processo de tomar decisões sobre recursos ou objetivos”.

TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO

1 TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO Esta abordagem tem ênfase nas tarefas operacionais da empresa: como tudo é feito, de que forma, em quanto tem...